Uma nova criptomoeda apoiada pelo Goldman Sachs visa oferecer uma versão digital do dólar norte-americano que, algum dia, poderia ser aceita em qualquer lugar que aceite as moedas tradicionais.
A Fintech Startup Circle, cujo proprietário é o gigante de Wall Street, anunciou que a criptomoeda USD Coin será vinculada ao dólar norte-americano, o que significa que não sentirá os problemas de volatilidade que têm assolado o bitcoin e outras moedas virtuais nos últimos anos.
Um valor estável a tornará adequada para a utilização como moeda regular, e não apenas como um investimento ou um depósito de valor. Além disso, seus criadores afirmam que sua tecnologia básica de blockchain também tornará a USD Coin numa versão mais rápida, mais segura e melhor do que o dólar americano.
“A invenção dos produtos criptográficos e da computação baseada em tecnologia de blockchain marcaram o início da próxima era da internet livre”, explicou Circle no conteúdo de um blog anunciando a nova criptomoeda.
“No entanto, faltam um meio de câmbio e de depósito de valor, e são muito necessários para que a interoperabilidade financeira global funcione de forma confiável e consistente.”
Embora a nova criptomoeda cumprirá com o objetivo declarado do bitcoin, de ser um sistema monetário eletrônico, o fato de ser apoiada por uma moeda fiduciária e emitida por uma importante instituição financeira, significa que não será um sistema descentralizado de igual para igual.
As pessoas também não poderão minerar a USD Coin da mesma maneira que são geradas as outras criptomoedas, já que a única forma de adquiri-la é comprando.
Este é o segundo anúncio feito pelo Goldman Sachs em relação às criptomoedas no período de um mês, após as notícias de que o banco de investimento abrirá uma mesa de negociação de bitcoins.
A plataforma de negociação será a primeira de qualquer instituição importante de Wall Street e dará legitimidade ao espaço.
“Isso não deve ser encarado como uma grande surpresa por aqueles que têm estado a par das criptomoedas nos últimos 18 meses. Toda instituição financeira que trabalha com previsões precisa entender esta tecnologia e aceitar o seu enorme potencial”, Declarou Matthew Newton, um analista do comércio de criptomoedas eToro, ao jornal britânico The Independent, no momento.
“Apesar de inicialmente simularem tomar certas posturas, na verdade, os maiores bancos já investiram quantias significativas em pesquisa e desenvolvimento da tecnologia de blockchain e nas criptomoedas em si”.