Em um esforço para atrair capital, a Itália revelou no ano passado que implementaria uma medida que permitiria aos indivíduos com alto poder aquisitivo obter uma residência pagando um único imposto de 100.000 euros (U$ 123.000) por ano, independentemente de sua renda. Cerca de 150 pessoas, algumas com uma fortuna de mais de centenas de milhões, estavam interessadas nessa medida, disse Fabrizio Pagani, diretor do escritório do Ministério da Economia e Finanças em Londres.
“Temos pessoas da União Europeia, Suíça, Rússia, EUA, os personagens habituais”, acrescentou Pagani. “Mas também temos noruegueses e alguns holandeses, e estes não estão necessariamente ligados ao mundo financeiro. Algumas dessas pessoas são colecionadores de arte. Estamos falando de pessoas muito ricas “.
A Itália, que está lutando para acelerar sua recuperação após anos de recessão, busca atrair estrangeiros com patrimônio líquido elevado a fim de impulsionar os investimentos na sua economia, bem como o consumo e uma renovação do capital. Países como Portugal já foram bem-sucedidos em atrair indivíduos de alta renda, oferecendo benefícios fiscais em um esforço para fortalecer suas finanças públicas. A Itália está enfrentando incertezas políticas com relação as eleições de 4 de março, nas quais existem incertezas sobre o possível vencedor.
Graças aos benefícios fiscais, espera-se que os indivíduos se estabeleçam na Itália. Pagani mencionou que Milão, Veneza e as áreas glamourosas ao redor dos lagos, no sopé dos Alpes, poderiam se tornar ainda mais opulentas do que já são. Acredita-se que o número de pessoas que se beneficiarão dessa oferta crescerá “exponencialmente”, como aconteceu em Portugal, disse ele.
O número “150 é um indicador muito bom para o primeiro ano”, disse Pagani.