Formação de Empresas: Onshore vs Offshore

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Características comuns, conceitos errados e diferenças entre as empresas onshore e offshore.

Como fundador que busca para estabelecer seu novo negócio, suas opções são praticamente ilimitadas. Todos sabemos que essas são escolhas importantes, mas há tantas maneiras de fazer as coisas que isso pode parecer assustador.

Nós percebemos. Por isso, o propósito deste artigo é lançar um pouco mais de luz sobre algo que ainda não falamos o suficiente: negócios onshore e offshore, suas características, conceitos errados e diferenças. Pronto? Vamos começar! 

O básico. O que é uma empresa offshore?

Primeiro o que é mais importante. Em sua definição mais simples, uma empresa offshore é uma instituição corporativa sediada no exterior. Por outras palavras, uma empresa que está geograficamente localizada noutro local que não o seu país de origem. Mas não é apenas isso. 

As offshores são geralmente retratadas como exóticas ilhas do Caribe, mas muitas jurisdições onshore também têm regiões especiais com diferentes políticas econômicas como os Centros Financeiros Offshore (OFC), como Luxemburgo, Holanda ou Suíça. Então, para manter as coisas simples, pense em empresas offshore como empresas que tem uma entidade jurídica em um lugar diferente de onde se baseia sua cidadania, com diferentes diretrizes econômicas e políticas. 

O que é uma empresa onshore?

Se as offshores ficam fora do seu país de origem, então as empresas onshore são entidades jurídicas com sede dentro de seu país ou países próximos. Além da localização física, alguns também definem os locais onshore como economias financeiras desenvolvidas, como os EUA ou o Reino Unido. 

Além disso, as jurisdições onshore são muitas vezes referidas como regiões que não oferecem políticas econômicas especiais como regimes fiscais territoriais ou tratamentos de confidencialidade. Empresas onshore normalmente fazem a maioria dos seus negócios no país de registro e, portanto, também cumprem com todas as leis e regulamentos locais.

E quanto a lugares como Hong Kong e Singapura?

Híbridas onshore-offshore. As empresas híbridas onshore-offshore são irmãs interessantes que se situam no meio de todo o espectro. As chamamos de midshores. Se pensarmos em Malta, Liechtenstein e Irlanda, estes são exemplos considerados abrangidos por esta categoria.

Combinando o melhor de ambos os mundos, essas opções híbridas costumam oferecer uma postura econômica robusta e padrões de transparência internacional, assim como benefícios econômicos especiais, como leis favoráveis ao investimento e políticas fiscais territoriais.

Por que escolher uma empresa offshore em vez de uma onshore?

Por inúmeras razões. As jurisdições offshore são tipicamente concebidas para empresas internacionais que não estão vinculadas a um único local. Tipos de entidades versáteis, com pouca burocracia quanto à regulamentação, políticas fiscais atraentes (muitas vezes 0% de imposto sobre o rendimento de origem estrangeira) e leis de privacidade rigorosas para aqueles que valorizam a confidencialidade…e isso falando apenas superficialmente. 

Existem vários casos em que as offshores simplesmente são uma melhor opção para o negócio, por exemplo quando você está buscando estabelecer uma holding para reunir toda a propriedade intelectual. A opção offshore protege seus ativos, limita sua responsabilidade legal, concede mais segurança para seus acionistas e permite mais liberdade para investimentos de origem estrangeira. 

Talvez você seja um nômade digital e não tenha residência fixa. O seu escritório é o seu laptop e você está vagando pelo planeta conforme deseja. Nesse caso, tornar o seu negócio offshore pode ser uma opção ideal, já que você quer minimizar as exigências, declarações e políticas fiscais oficiais.

Um exemplo do mundo real:

  • Uma empreendedora sueca está no ramo de restaurantes e vende licenças para abrir franquias em todo o mundo.
  • Ela cria uma entidade no Panamá, enquanto suas verdadeiras operações comerciais ocorrem principalmente na Europa. O objetivo é agrupar as propriedades intelectuais das filiais que, do contrário, estariam distribuídas e separadas.
  • Ela usa a empresa do Panamá para deter os direitos de licenciamento, marcas e outros bens. Isso é uma empresa offshore. 
Na sua definição mais simples, uma empresa offshore é uma entidade corporativa estabelecida no exterior.

Por que escolher uma empresa onshore em vez de uma empresa offshore?

Enquanto as empresas offshore foram projetadas para permitir mais liberdade em operações transfronteiriças e proteger seus ativos com requisitos mínimos de relatórios, as estratégias onshore funcionam de maneira contrária. E elas também têm as suas inúmeras vantagens. 

Para aqueles que pretendem residir em um lugar e também fazer seus negócios lá, por que procurar em outro local? Um ambiente jurídico familiar tanto para rendimento pessoal quanto corporativo, políticas fiscais, banco local ou negócios mais tradicionais e offline, este pode ser o cenário ideal para se gerenciar negócios. 

Para muitos, as jurisdições offshore são muitas vezes associadas a paraísos fiscais e, portanto, ainda carregam uma reputação questionável. Ser ignorante em relação a este fator, na melhor das hipóteses, seria algo ingênuo, portanto, se você tem um negócio bastante tradicional onde é importante poder comprovar sua transparência fiscal ou legitimidade legal, então as empresas onshore têm uma larga vantagem. 

A maioria das jurisdições offshore tendem a ser brandas em relação às declarações e relatórios obrigatórios, o que muitas vezes se entende como um benefício, mas quando se trata de provar sua reputação e manter as coisas direitas e simples, as exigências dos relatórios anuais das empresas onshore também podem ser um benefício. 

Um exemplo do mundo real:

  • Um chef americano começa o seu próprio negócio com a venda de cachorros-quentes num food truck. Ele quer manter as coisas simples, trabalhar sempre que quiser.
  • Para separar a sua responsabilidade pessoal, estabelece uma entidade jurídica no Wyoming. Ele escolhe ser tributado como um indivíduo, já que todos os seus rendimentos de negócios vem de dentro dos EUA, onde também reside. 
  • Ele solicita uma licença de vendedor de alimentos local e opera através das suas contas bancárias locais. Isso é uma empresa onshore. 

E quanto as nossas Smart Companies?

Quando comparadas com os tipos de empresas tradicionais, as Smart Companies são como uma espécie diferente. Estamos falando de um modelo de instituição completamente sem papelada que administra as coisas com conformidade integrada. E é tudo automatizado. 

Simplificando, a principal diferença entre as empresas tradicionais e as Smart Companies é esta: para que as empresas tradicionais possam executar determinadas tarefas de governança corporativa, como transferências de ações e votação do conselho administrativo, são necessárias inúmeras etapas, processos, procedimentos e pagamentos. Isso geralmente demanda um certo tempo, dinheiro e a ajuda de agências ou escritórios de advocacia. Estas etapas são exigências legais obrigatórias para você.

As Smart Companies, por outro lado, simplesmente removem todos esses passos e os substituem por alguns cliques em um painel digital. Os processos necessários ainda estão lá, e ainda são obrigatórios para você, mas as etapas são simplesmente otimizadas para que sua execução seja mais rápida, mais barata e menos complicada. Só isso. É como enviar um e-mail em vez de enviar uma carta pelo correio tradicional. 

As Smart Companies são empresas offshore ou onshore?

As Smart Companies podem ser ambas. Depende da jurisdição. Legalmente falando, as Smart Companies são reconhecidas como empresas privadas de responsabilidade limitada. O nosso modelo opera em código, o que é algo novo e empolgante. Mas isso também significa que, a fim de manter as coisas em conformidade, precisamos trabalhar com as jurisdições uma a uma na expansão do nosso alcance. 

Atualmente, oferecemos todos os três tipos de Smart Companies: offshore, onshore e midshore. Vamos fazer uma análise geral de todas elas:

Smart Companies em jurisdições offshore:

República das Seicheles 

Dinâmica, rentável e versátil. Esta foi a primeira jurisdição onde o nosso modelo de Smart Company foi aprovado. 

Para começar aqui, você precisa de apenas um diretor, um acionista (sendo que ambos podem ser você mesmo) e não há restrições sobre a nacionalidade. Não é necessário capital realizado e há isenção fiscal total sobre todos os rendimentos de origem estrangeira. 

Este é um exemplo muito emblemático de como as empresas offshore podem ser menos burocráticas. É a opção ideal se você estiver pensando em empresas holding, planejamento imobiliário e acesso ao mercado Africano em rápido crescimento. 

São Vicente e Granadinas

Esta opção é para aqueles que valorizam segurança, privacidade e serviços financeiros estabelecidos. Na verdade, as Smart Companies em São Vicente adicionam uma camada adicional de segurança – nossa tecnologia garante que seus dados sejam invioláveis, armazenados de forma segura com todas as ações rastreáveis para você e os proprietários da empresa. Isto está além da lei de privacidade de São Vicente, que é considerada uma das mais rigorosas do mundo.
Semelhante às Seicheles, apenas um diretor e um acionista são necessários para começar. Aqui você vai ter uma estrutura de entidade leve, com zero imposto corporativo sobre o rendimento de origem estrangeira e um setor bancário desenvolvido com várias opções.

República do Panamá

Muitas vezes referida como uma das jurisdições offshore mais populares do mundo, as Smart Companies do Panamá desfrutam dessa jurisdição estabelecida e com um contexto financeiro bem desenvolvido. 

Consideravelmente diversificada, pode ser o melhor caminho para você caso esteja buscando estabelecer uma holding para reunir bens que estariam distribuídos. O mesmo se aplica se você está no ramo de comércio internacional, logística internacional ou cadeia de suprimentos e imobiliário.

Smart Companies em jurisdições onshore/midshore:

Wyoming, Estados Unidos da América 

Como parte dos EUA, esta é oficialmente uma jurisdição onshore, mas para o Wyoming como estado, há algumas características offshore envolvidas. As Smart Companies do Wyoming são legalmente reconhecidas como empresas de responsabilidade limitada do Wyoming, portanto, todas as mesmas leis se aplicam. 

Uma das melhores coisas em relação a este tipo de entidade é como sua estrutura é leve. Oferece a proteção jurídica das empresas de responsabilidade limitada, mas não irá sufocar os empresários com uma pesada carga burocrática. Como proprietário de uma Smart Company do Wyoming você pode decidir tudo, desde optar por residir ou não no estado e até mesmo a maneira como você é tributado. 

E, em especial para todos os fãs da blockchain por aí, graças à Aliança Blockchain do Wyoming, você não vai encontrar uma jurisdição mais amigável em relação à blockchain do que esta.

Singapura

Esta dispensa apresentações. Carregando as medalhas de 1º em quase tudo relacionado à facilidade de fazer negócios, Singapura representa a nossa melhor, como dito anteriormente, e a mais recentemente adicionada jurisdição midshore.

As Smart Companies de Singapura são legalmente reconhecidas como empresas privadas limitadas, um dos tipos de instituições mais populares que se adequam a uma variedade de negócios e modelos operacionais diferentes. Embora as exigências de estabelecimento não sejam tão mínimas quanto para as nossas jurisdições offshore, certamente compensa por sua economia robusta, sua infraestrutura bem desenvolvida, seu trabalho produtivo e as leis fiscais atrativas, apenas citando algumas características para explicar a popularidade deste lugar. 

Para lembrar

Todas as opções offshore, onshore e midshore têm as suas vantagens, bem como desvantagens. O que você escolhe estabelecer realmente depende daquilo que você está planejando fazer com seu negócio, sua situação residencial, seu planejamento fiscal e sua situação financeira. 

Saiba onde você está indo e faça sua lição de casa. 

Para ajudá-lo a começar, nós organizamos uma lista de 10 perguntas para você fazer a si mesmo ao tomar a decisão de qual jurisdição escolher. 

Qual é o seu negócio principal, ou seja, o que você vende?

  1. Onde você planeja vender?
  2. Quais são os seus planos para angariar de fundos (público/privado)?
  3. Quais são os seus requisitos em relação aos bancos? 
  4. Como você é pago? 
  5. Que tipos de rendimento você vai gerar? 
  6. Onde está localizada a sua equipe?
  7. Onde fica o seu escritório?
  8. Qual é o seu país de residência?
  9. Tratados fiscais com outros países?

Esperamos que tenha sido útil! 

Mas se você estiver se sentindo ainda mais confuso agora, não hesite em entrar em contato conosco

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